Registro de Campo: Ferrovia Perus-Pirapora
Nessa semana estivemos acompanhando as atividades de restauração da linha férrea da Estrada de Ferro Perus-Pirapora. Tal atividade integra o projeto de restauração da ferrovia e conta com o suporte da Alhambra Projetos nos processos de gestão patrimonial e restauração da paisagem.
Inaugurada em 1914, a Estrada de Ferro Perus-Pirapora construída em bitola estreita de 60cm, ligava a estação Perus da antiga São Paulo Railway (hoje CPTM) as minas de calcário de Cajamar, integrando o complexo minerador da antiga Companhia Brasileira de Cimento Portland.
Durante sua operação que se deu ao longo de 70 anos ininterruptos, foi um elemento chave do processo de industrialização e urbanização do pais, participando ativamente do desenvolvimento da cidade de São Paulo e da construção de Brasília.
Sendo a última ferrovia de bitola extreita a operar no Brasil, a Perus-Pirapora incorporou a mais variada coleção de locomotivas a vapor de pequeno porte do mundo, cujo acervo, que apresenta datas de fabricação que vão de 1891 à 1945, se constituí de uma extraordinária amostragem da evolução tecnológica ferroviária dos séculos XIX e XX.
Entre o seu acervo encontram-se verdadeiros ícones culturais e históricos, como a primeira locomotiva 100% projetada e construída no Brasil, 3 locomotivas do famoso "Trem das Onze" - imortalizado na música homônima de Adoniram Barbosa - além de duas máquinas em que Alberto Santos-Dumont teve suas primeiras aulas de mecânica.
Tombada pelo CONDEPHAAT desde 1983, a Ferrovia Perus-Pirapora que serpenteia as margens do Rio Juqueri, mantém preservada uma gigantesca área de vegetação, fazendo divisa com à reserva florestal do Parque Anhanguera, apresentando portanto o potencial de se tornar um grande centro de difusão cultural e de lazer para toda região metropolitana de São Paulo.
Saiba mais em: http://efperuspirapora.blogspot.com.br
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